9 de out. de 2007

Para criticar é preciso saber o diagnóstico

Como em qualquer lugar, existem bons profissionais, maus profissionais, e profissionais num péssimo dia

Como usuário do SUS - Sistema Único de Saúde já presenciei atitudes arbitrárias de médicos anteriormente, mas não posso negar, também encontrei ótimos profissionais. Carrego comigo o conhecimento da funcionalidade dos hospitais da região. Na última década fiz uso demasiado, por conseqüência de um acidente de trânsito. A minha infelicidade ocorreu em 1999, ainda no mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Quando José Serra era o Ministro da Saúde. Fratura exposta de tíbia, perda de 13 cm de substância óssea, foram necessárias seis cirurgias e o uso de um aparelho russo, chamado Lizarov. “Gaiola”, como é conhecida popularmente. Tempo de tratamento, 4 anos ininterruptos. Hoje, recuperado, carrego no corpo as marcas de um acidente de trânsito e as lembranças de uma experiência dolorosa. A sensação que tenho, conversando com alguns renomados médicos, é que as coisas, naquela época, funcionavam melhor.

O tratamento foi todo custeado pelo SUS, realizado pela equipe de Ortopedia do Hospital São José e posteriormente CREI - Centro de Referência em Emergência e Internação. O médico, Dr. Miguel Nicolau, brasileiro da melhor qualidade. Atende todas as terças-feiras uma média de 100 pacientes pelo SUS, numa pequena sala nos corredores do CREI.

Justiça seja feita, com esses profissionais que são dignos. Fazer críticas sem conhecer o problema generalizando toda uma categoria, é uma irresponsabilidade. Portanto, se o sistema está caótico no atendimento, certamente não é por causa dos médicos que atendem a super população de baixa renda, que lota os prontos-socorros. Sou solidário aos verdadeiros soldados que lutam há décadas pelo sistema de saúde da região. Como em qualquer lugar, existem bons profissionais, maus profissionais, e profissionais num péssimo dia. Mas vai dizer isso para um paciente com dor.

Nenhum comentário: