25 de abr. de 2007

A ciência da língua mãe e o jornalismo

Fala e escrita foram descobertas com origem no pensamento. A ciência da linguagem foi estudada e evoluiu, registrando a história de mitos, cientistas, religiosos, políticos, loucos, anônimos e famosos. Ações negativas, como guerras, e fatos positivos, como inventos científicos, interferiram nas culturas diversas, espalhadas pelo mundo.

Ao jornalismo, que começou a assumir um padrão com Gutenberg, restou registrar esta história, aos pesquisadores do presente e também do futuro. O estudo da comunicação é importantíssimo para o registro das expressões culturais de uma determinada época, já que vivemos em um mundo que impressiona qualquer pesquisador que propõe estudar o comportamento da humanidade e seus registros. Desde o império egípcio, o homem faz mídia.

Concluo num discurso de ótica política e soberana, já que é visto do alto, o que de certa forma chega a me espantar. Que o ser humano é realmente pensamento, palavra e ação, mas que isso ou essa seqüência nem sempre segue a mesma ordem.

Em crise, o jornalismo impresso foi nivelado por baixo pelo rádio, pela televisão e também pela internet. O jornalista em cena, até dentro do caos, em meio à guerra, é capaz de levar o conhecimento à sociedade, usando até a linguagem do cinema, que é global.

A principal fonte de informação da sociedade, hoje capitalista e globalizada, é a TV. Esta não cumpre a sua razão de existir, pelo menos diante da filosofia e da ciência de Deus: alimentar a inteligência. Faz o inverso: é usada como forma de manipulação. A força da mídia é tanta que a população interpreta o mundo sob sua tutela e de acordo com os seus interesses.

O mercado econômico hoje banca o luxo de quem está por trás da grande televisão. Mesmo que o receptor seja muito crítico e consiga identificar a verdade noticiosa dos fatos, é irrelevante e sofre uma influência brutal.

Na verdade, uma minoria entre a massa e a política. Jornalistas, educadores e leitores com olhar mais crítico tentando sobreviver. Reagindo, acredito, por vocação e amor à Pátria. Dentro de um esquema capitalista, formatado por quem está à frente, representando interesses gigantescos. Os donos da comunicação dominam e impõem cultura há anos no mundo e principalmente na América Latina, território de riquezas naturais em abundância.

Resistindo e evoluindo mesmo lentamente, ocorre uma melhora desta sociedade de comunicadores com a internet. Esta, sem dúvida, uma possível aceleração na mudança de estado alienado do pensamento. Isso quer dizer de baixo repertório, ordinário e de fácil manipulação, para alto repertório científico e crítico. Um fenômeno causado pelo conhecimento do código e das linguagens. Mas, sem uma bagagem cultural, não há garantia, conceitos refletidos com exatidão. Contudo, sem estes, de certa forma, não existiria condições de expansão para o intelecto humano.

A manifestação do pensamento pela fala e agora também pela escrita, através da rede mundial, são as formas mais eficazes de transmissão do pensamento. No entanto, as palavras têm diversos significados. Conhecimento é sinônimo de melhor condição de vida. Sem a palavra, a ciência não haveria atravessado o deserto.

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