25 de abr. de 2007

Viva a Democracia!


Eleições traduziram a indignação popular

Com o resultado das urnas da eleição do último dia 1o. de outubro, a nação decidiu os deputados, senadores e até alguns governadores no primeiro turno. Mas é impressionante como o país se encontra dividido em relação ao cargo da presidência da República. A prova está no percentual: Lula com 48,61%, e Alckmin com 41,64 dos votos.

Nunca na história do País ocorreu uma disputa como esta, tão acirrada. A definição de um segundo turno ou não para presidência ficou para apurações finais. Pois é! Foi no clima de segundo turno que a redação do Virtual foi às ruas para falar com o povo.

Com a pauta na mão e diversas perguntas na cabeça, entrevistamos todo tipo de gente. A intenção era saber o que pensa o eleitor da região sobre esse novo episódio da democracia.

Alguns deles, ainda sem conhecimento do cenário político, desabafaram. Outros, cientes do exercício da cidadania usando a oportunidade, se manifestaram. Enfim, o importante na democracia é a liberdade.

O primeiro entrevistado foi o técnico em eletrônica Agnon Moreira Bastos, 31 anos. No momento, ele está trabalhando em dois períodos. Faz manutenção pela manhã e dá aulas técnicas à noite. Ele afirma acreditar em mudanças e, se não tivesse esperanças, anularia seu voto. "Tudo que aconteceu já ocorre há muito tempo", disse. "Isto só apareceu porque a atual oposição é muito forte".

Em tom de desabafo, a técnica de enfermagem do Incor, Magda Araújo da Silveira, 33 anos, afirmou que a área da saúde não recebe investimentos. "Já perdi as esperanças. Esses escândalos são bem a cara dos políticos que atuam no país". Para ela, os atuais não têm ética em ângulo nenhum. "Trabalhei no setor público. Meu antigo chefe era um desses. Para falar a verdade, uma covardia injusta".

Ao conversar com uma dona-de-casa que preferiu não se identificar, fiquei surpreso com tamanha irritação. Quando perguntei a ela sobre as possíveis mudanças no país, ela afirmou, com raiva, que não votaria em determinado candidato porque ele era a favor do PCC. Perguntei a ela quem havia dito isso. A resposta foi direta: "a televisão".

"Parece que não estão lá para ajudar e sim para roubar", acredita a atendente Magale Araújo da Silva, 27 anos, logo respondendo em tom de ironia. "No fim, tudo termina em pizza".

Desempregado, o jovem Ary Oliveira Mariano Neto, 20 anos, vive como free-lancer, ou melhor, do famoso bico. Ele afirma que ficou surpreso com os resultados. "Depois dos fatos ocorridos, pensei que as coisas iriam mudar", disse. Neto ressaltou que no Brasil é muito difícil estudar. "Tem que correr atrás do prejuízo, mas há sempre uma esperança na melhora das políticas de educação".

Segundo o bacharel em direito, também desempregado, Miguel Spósito, 55 anos, o país precisa dar oportunidade a outros políticos. Para ele, a cada quatro anos deve ser feita a renovação. "A grande maioria não sabe votar em função da precariedade da educação, ou seja, são vitimas da escolha feita no pleito", explicou.

De acordo com o assistente financeiro, Edson Reis, 42 anos, a democracia brasileira esta engatinhando e grande parte da população não têm preparo para votar. "A legislação precisa ser enérgica com a corrupção, mas já ocorreu uma melhora".


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A democracia plena na prática libertária

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu acho concerteza tem que ter
"A cultura é a coisa mais bonita q tem no brasil.Eu apoio completamente vcs temos que ter cultura en sv...
bjus!!!!!